terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sexta feira negra - Sob o olhar de um azarento

Minha mulher não me compreende mesmo, como pode ela deixar sair de casa em plena sexta-feira treze?
Será que ela não vê o quanto pode ser perigoso brincar com o destino, e logo hoje que meu horóscopo afirmou que o dia será conturbado e de difíceis escolhas!
“Ai meu Deus, ai meu Deus! Um gato preto cruzou meu caminho, um gato preto cruzou meu caminho... e agora o que eu faço? Justo hoje que acabou meu estoque de trevo de quatro folhas e pé de coelho... ai meu Deus, ai meu pai!”
Sabia que seria assim, eu já sabia. Começou desde a hora que me levantei: coloquei primeiro o pé esquerdo no chão, não demorou muito minha durante o café minha mulher derrubou sal na mesa e nem ao menos jogou por trás do ombro...
E ainda teve aquela maldita escada na porta de casa, atrapalhando a passagem; não tive escolha com a mulher gritando nos meus ouvidos o tempo todo tive que passar por baixo da dita cuja azarenta!
E agora esse gato preto veio pra completar o dia, como posso ir trabalhar depois de passar por varias coisas azarentas? Mas, como o dia já esta perdido mesmo, o jeito é enfrentar a dura realidade que me espera essa sexta-feira treze.
Só espero que o dia passe logo e que eu não venha mais provocar as forças místicas do mundo, vou até fazer xixi nas calças se necessário, mas não vou ao banheiro de jeito nenhum!
Ainda mais aquele do escritório cheio de espelhos, não de nenhuma maneira, um dia de azar já me é suficiente, mas não sei se posso suportar por mais sete anos!


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